Erma,
e esta sebe, que de tanta parte
Do
último horizonte, o olhar exclui.
Mas
sentado a mirar, intermináveis
Espaços
além dela, e sobre-humanos
Silêncios,
e uma calma profundíssima
Eu
crio em pensamentos, onde por pouco
Não
treme o coração. E como o vento
Ouço
fremir entre essas folhas, eu
O
infinito silêncio àquela voz
Vou
comparando, e vêm-me a eternidade
E
as mortas estações, e esta, presente
E
viva, e o seu ruído. Em meio a essa
Imensidão
meu pensamento imerge
E
é doce o naufragar-me nesse mar.
Vinicius
de Moraes
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