segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Recompensa

Naquele momento ele viu, em um fulgor de luz, uma imagem de veracidade indescritível, a razão pela qual o artista trabalha e vive e tem o seu lugar — a recompensa que procura — a única recompensa com que realmente se importa, sem a qual não há nada. É para engodar os espíritos da humanidade em redes de magia, para fazer sua vida prevalecer através de sua criação, para desafogar a visão da sua vida, a rude e dolorosa substância de sua própria experiência, na congruência de imagens ardentes e encantadas que são elas mesmas o âmago da vida, o padrão essencial de onde todas as outras coisas provém, o miolo da eternidade.”
Thomas Wolfe, in Of time and the river

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