Ó,
muito mais linda parece a beleza
Docemente
ornada pela verdade!
A
rosa é linda, mas a julgamos ainda mais bela
Pelo
suave odor que exala.
As
rosas silvestres têm o mesmo tom
Que
as rosas perfumadas e coloridas,
Presas
a seus espinhos, e brincam, voluptuosas,
Quando
o hálito do verão as abre em botão;
Mas,
como a aparência é sua única virtude,
Vivem
esquecidas, e murcham abandonadas –
Morrendo
solitárias. Doces rosas não fenecem;
De
suas ternas mortes exalam os mais doces perfumes,
Assim
como de ti, linda e amável donzela,
Ao
feneceres, tua verdade destilará nos versos.
William
Shakespeare
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