Abrir
as portas
uma
a uma,
galgar
a coluna,
fechar
o fosso.
Dissolver
a resina,
limar
a ferrugem,
cuspir
o caroço.
Tomar
o caminho morro acima.
Enlaçar
o sol
para
não deixar que o frio entranhe,
inalar
a chuva antes que a febre assanhe,
lubrificar
o vento.
No
terceiro movimento,
chegar
ao cume.
Afofar
nuvem,
flutuar
estrela,
adotar
depressa um vaga-lume.
É
preciso iluminar a vertente o suficiente,
pra
nunca mais descê-la.
Flora
Figueiredo
Nenhum comentário:
Postar um comentário