Oh
não passar somente sugerido!
Desespero
de nunca ver o anjo
Não
conhecer nem mesmo a rosa e o lírio
Ter
medo e ter vergonha ajoelhado
Querer
ser puro e sempre ver-se impuro
A
espera da morte a incerteza
A
secreta esperança de ficar
A
pétala da rosa sob a cota
O
endereço guardado sobre o peito
Ver
navios que chegam e vão sozinhos
E
depois de tanta dor e tanta angústia
Pensar
ter dado a luz a algo vivo
E
levantar-se apenas com o poema.
Mário
Faustino
Nenhum comentário:
Postar um comentário