De
onde ela vem?! De que matéria bruta
Vem
essa luz que sobre as nebulosas
Cai
de incógnitas criptas misteriosas
Como
as estalactites duma gruta?!
Vem
da psicogenética e alta luta
Do
feixe de moléculas nervosas,
Que,
em desintegrações maravilhosas,
Delibera,
e depois, quer e executa!
Vem
do encéfalo absconso que a constringe,
Chega
em seguida às cordas da laringe,
Tísica,
tênue, mínima, raquítica...
Quebra
a força centrípeta que a amarra,
Mas,
de repente, e quase morta, esbarra
No
molambo da língua paralítica!
Augusto
dos Anjos
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