Olhinhos
extasiados,
ele
observa o pião
gira-girar
acelerado.
Colorido,
o
brinquedo se enrola no corpo listrado
e
roda como bailarina
a
esvoaçar o tule do vestido.
Aos
poucos, se cansa,
arrefece,
perde
a força,
cessa
a dança.
No
desencanto dos olhos da criança,
a
ciranda do pião
reflete
a própria vida:
ao
girar em volta de si mesmo,
retorna
sempre ao ponto de partida.
Flora
Figueiredo
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