“É
realmente inacreditável como a vida da maioria dos homens flui de
maneira insignificante e fútil, quando vista externamente, e quão
apática e sem sentido pode parecer interiormente. As quatro idades
da vida que levam à morte são feitas de ânsia e martírio
extenuados, além de uma vertigem ilusória, acompanhada por uma
série de pensamentos triviais. Assemelham-se ao mecanismo de um
relógio, que é colocado em movimento e gira, sem saber por quê. E
toda a vez que um homem é gerado e nasce, dá-se novamente corda ao
relógio da vida humana, para então repetir a mesma cantilena pela
enésima vez, frase por frase, compasso por compasso, com variações
insignificantes.”
Arthur
Schopenhauer,
in
A Arte de Insultar
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