“Para mim, existem dois tipos de
pessoas: as que perseguem seus objetivos e as que celebram a vida. Os que
perseguem objetivos são loucos. Aos poucos, eles estão enlouquecendo – e estão
gerando sua própria loucura. E a loucura tem a sua própria força; lentamente
eles se afundam nela – assim, ficam completamente perdidos. O outro tipo de
pessoa não é um perseguidor de objetivos; ela não persegue absolutamente nada;
ela celebra a vida.
E isso ensino a vocês: sejam
os que celebram, comemorem! Já existe muita coisa – as flores vicejam, os
pássaros cantam, o Sol está no céu – celebre a vida! Você está respirando e
está vivo e tem consciência: festeje! Com isso, de repente, você relaxa; aí não
há mais tensão, não há mais angústia. Toda a energia que se houver transformado
em angústia se torna gratidão. Seu coração passa a bater embalado por uma
gratidão mais profunda – isso é oração. Orar é exatamente isso, um coração
batendo com profunda gratidão.
Não é preciso fazer nada para
isso. Apenas entenda o movimento da energia, o movimento sem motivação da
energia. Ele flui, mas não em direção a um objetivo, ele flui como uma
celebração. Ele se move, não em direção a um gol, se move por causa de sua
própria energia transbordante.
Uma criança está dançando e
pulando e correndo por toda parte; pergunte-a, “Onde você está indo?”. Ela não
está indo a lugar algum – você vai parecer tolo pra ela. Crianças sempre pensam
que adultos são tolos. Que pergunta tola, “Onde você está indo?”. Há alguma
necessidade de ir a algum lugar? Uma criança simplesmente não consegue
responder sua pergunta porque é irrelevante. Ela não está indo a lugar nenhum.
Ela vai simplesmente dar de ombros. Vai dizer, “nenhum lugar”. Então a
mente orientada-a-objetivos pergunta, “Então porque você está correndo?”-
porque para nós uma atividade é relevante apenas quando leva a algum lugar.
E eu digo a você: não há nenhum
lugar a ir. Aqui é tudo. Toda a existência culmina neste momento, converge para
este momento. Tudo o que existe está fluindo para este momento – é aqui, agora.
Uma criança está simplesmente
desfrutando a energia – ela tem demais. Ela está correndo, não porque tem que
chegar a algum lugar, mas porque tem energia demais, tem que correr.
Aja
desmotivadamente, apenas como um transbordamento de energia. Compartilhe,
mas não negocie; não faça barganhas. Dê porque você tem; não dê para ter algo
em troca – porque então você estará na miséria.”
Bhagwan Shree Rajneesh, o Osho (1931-1990),
in Tantra: The Supreme Understanding:
Discourses on the Tantric Way of Tilopa’s Song of Mahamudra
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