Ao
tirar a calcinha, ele rasga. Puxa com força e rasga. Vai por cima. Ó
mãezinha, e agora? Com falta de ar, afogueada, lavada de suor. Reza que
fique por isso mesmo.
Chorando,
suando, tremendo, o coração tosse no joelho. Ele a beija da cabeça ao pé — mil
asas de borboleta à flor da pele. O medo já não é tanto. Ainda bem só
aquilo. Perdido nas voltas de sua coxa, beija o umbiguinho.
Deita-se sobre ela — e entra nela. Que dá
um berro de agonia: o cigarro aceso na palma da mão. Mas você pára? Nem
ele.
Dalton Trevisan, in Ah, é? (ministórias)
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