Eu ontem comendo
um peixe na praia
Notei um dos
olhos do peixe piscar
E quando eu
olhei para dentro do olho
Eu vi uma cena
espetacular
De um pescador
num barco de vela
E uma pescada
nas águas do mar.
O vento batia no
pano da vela,
O barco de velho
gritava e gemia,
O homem puxava a
linha com força
O peixe pulava,
rodava e descia
Tentando quebrar
o ferro do anzol
Ou a linha já
gasta pela maresia.
O mar pareci
querer engolir
O barco de vela
e o homem também,
Mas quem nasce e
se cria nas águas do mar
Já sabe de cor o
perigo que tem
De tirar qualquer
coisa de dentro do mar,
Pois o mar não
dá nada de graça a ninguém.
Até que enfim o
peixe rendeu-se,
Cansado, ferido
e se debatendo.
O homem tirou o
peixe do anzol
E quando ele
estava no barco estendendo
Eu notei que
aquela bonita pescada
Era a mesma
pescada que eu estava comendo.
Ergui minha
vista e olhei para o céu
E pedi para o
Pai lá de cima tirar
O cisco que cega
a alma da gente
Para todo
cristão do mundo enxergar
Aquele que vive
pescando seus sonhos
E
o peixe da vida nas águas do mar.
Antônio Francisco
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