Maio
de 1968, o mundo em ebulição e os Beatles entrando em estúdio para gravar o
mítico "White Album". O quarteto havia acabado de voltar da Índia,
onde compusera boa parte das músicas do disco. Considerado por alguns como o
começo do fim da banda, evidenciava, faixa a faixa, mais os talentos
individuais do que a coesão do grupo. Nos bastidores, traições, drogas e
assassinatos.
O
momento era conturbado também no Brasil com o endurecimento do regime militar,
e Nelson Motta lembra, em texto, que a obra quase passou em branco aqui.
Afinal, os jovens estavam preocupados com outras coisas. "Era muito
romântico ser rebelde em Paris, em Londres e na Califórnia, duro era ser jovem
no Brasil." O álbum não estourou aqui de pronto, e isso não fez diferença
na carreira dos reis do iê-iê-iê, que encantaram várias gerações.
Pensando
nessa influência, viva até hoje, Henrique Rodrigues, organizador da antologia
"Como Se Não Houvesse Amanhã", inspirada na Legião Urbana (20 mil
exemplares vendidos), convidou alguns beatlemaníacos para criarem contos a
partir de suas músicas preferidas.
Reuniu
um time de 20 escritores - ele mesmo assina um dos textos, com nomes como
Marcelino Freire, Carola Saavedra, André de Leones, Godofredo de Oliveira Neto,
Ana Paula Maia, Marcelo Moutinho, Marcia Tiburi, Zeca Camargo e Fernando
Molica, entre outros. E Nelson Motta, que não assina um conto propriamente
dito, mas ficou responsável pela faixa bônus. Nela, conta quem é seu beatle
preferido.
O
ritmo leve dos acordes simples da banda, presente em alguns textos de "O
Livro Branco", é vez ou outra quebrado por passagens violentas - seja no
conto de Stella Florence, inspirado em "Blackbird", em que uma mãe
arranca os próprios olhos depois de ver o corpo violado da filha, ou no de
André de Leones, em que um garoto se descobre a única companhia da mãe.
"Carry That Weight" foi a música tema. A crueldade é vista também na
simpatia interessada do personagem escritor de Ana Paula Maia, que mora na Rua
Penny Lane.
Nos
contos, as músicas serviram também de pretexto para resgatar lembranças
guardadas com os LPs empoeirados. E isso serviu tanto para os personagens
quanto para os autores. O organizador, por exemplo, narra ao som de "Hey
Jude" a volta, 30 anos depois, de um filho à casa do pai doente. O local
para onde o protagonista retorna é o cenário da infância de Henrique. "Foi
um texto difícil de escrever porque incluí dados biográficos, como sei que
outros autores também fizeram. Quando o li já no livro, me deu um baque."
O lançamento acontece no meio das comemorações
pelos 70 do ex-beatle Paul McCartney. "O Livro Branco" já está à
venda na Bienal do Livro .
Haverá sessão de autógrafos no Rio (27, na Travessa) e São Paulo (29, na
Cultura), entre outras cidades.
Fonte: ultimosegundo.ig.com.br
*Beatles*
ResponderExcluirJamais alguém vai superar esta Banda.
Só existe dois conceitos de música: Antes dos Beatles ou Depois dos Beatles.
Melhor Banda de todos os tempos. Revolucionou a música no mundo.
Após os Beatles nada parecido foi criado.
Valeu
visite: Como investir no ouro
Obrigad, Anônimo, pela visita ao blog. Concordo: Beatles revolucionou a música. E nada foi como antes.
ResponderExcluirUm abraço,
Elilson Batista