“- Há dias, li o diário de um ministro
francês, escrito na prisão. Esse ministro havia sido condenado, na história do
Panamá. Com que embriaguez, com que exaltação ele falava dos pássaros que via
pela janela da prisão... Coisa que antes, como ministro, jamais observara. Agora
que em liberdade de novo, agora que está como antes, ele provavelmente já não
mais repara nos pássaros. Vocês não repararão em Moscou, quando forem morar lá.
Nós não somos felizes; a felicidade não existe e o máximo que podemos fazer é desejá-la”.
Fala
do personagem Verchinin, in As três irmãs (drama em quatro atos), de
Anton Tchekhov
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