É um metro é uma légua é um pobre burrinho
É um caco de vida é a vida é o sol
É a dor é a morte vindo com o arrebol
É galho de jurema é um pé de poeira
Cai já, bambeia é do boi a caveira
É pé de macambira invadindo a cocheira
É vaqueiro morrendo é a reza brejeira
É angico é facheiro é aquela canseira
É farelo é um cisco é um resto de feira
É a fome na porta é um queira ou não queira
Na seca de março é a fuga estradeira
É o pé é o chão é a terra assadeira
É menino na mão e mais dez na traseira
É um Deus lá no céu Padre Cíço no chão
É romeiro rezando dentro dum caminhão
É o filho disposto partindo sozinho
No sul a esperança, é um novo caminho
É o pai fatigado é a mãe a lutar
É a caçimba distante é a lata a pingar
É carcaça de bicho é um mandacaru
É mau cheiro chegando é o voo do urubu
É barriga de vento é um corpo na rede
É anjinho morrendo é a sede é a sede
É o canto agourento daquela acauã
É o voo da asa branca no sol da manhã
É a seca de março torrando o sertão
É promessa de vida, é a nova eleição
É doutor diplomado é doutor coroné
É um pão uma feira um remédio no pé
É um poço uma pipa um cantor uma fã
É a troca e o troco depois de amanhã
É a seca de março torrando o sertão
É a promessa devida da outra eleição
……………………………………………………..
É pau é pedra é o fim do caminho.
É um caco de vida é a vida é o sol
É a dor é a morte vindo com o arrebol
É galho de jurema é um pé de poeira
Cai já, bambeia é do boi a caveira
É pé de macambira invadindo a cocheira
É vaqueiro morrendo é a reza brejeira
É angico é facheiro é aquela canseira
É farelo é um cisco é um resto de feira
É a fome na porta é um queira ou não queira
Na seca de março é a fuga estradeira
É o pé é o chão é a terra assadeira
É menino na mão e mais dez na traseira
É um Deus lá no céu Padre Cíço no chão
É romeiro rezando dentro dum caminhão
É o filho disposto partindo sozinho
No sul a esperança, é um novo caminho
É o pai fatigado é a mãe a lutar
É a caçimba distante é a lata a pingar
É carcaça de bicho é um mandacaru
É mau cheiro chegando é o voo do urubu
É barriga de vento é um corpo na rede
É anjinho morrendo é a sede é a sede
É o canto agourento daquela acauã
É o voo da asa branca no sol da manhã
É a seca de março torrando o sertão
É promessa de vida, é a nova eleição
É doutor diplomado é doutor coroné
É um pão uma feira um remédio no pé
É um poço uma pipa um cantor uma fã
É a troca e o troco depois de amanhã
É a seca de março torrando o sertão
É a promessa devida da outra eleição
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É pau é pedra é o fim do caminho.
Caro amigo Elilson. Com todo o respeito ao Tom Jobim, que é muito merecedor desse meu respeito, sou mais Secas de Março, do Jessier Quirino do que as Águas de Março dele, Jobim. Um forte abraço e feliz páscoa prá você e sua família. Togo Ferrário.
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