Durante algum tempo,
hesitei abrir aquela porta.
O sentido de toda cidade
estava atado, como um nó,
lá dentro. Talvez fosse
o que jamais procurasse:
o sentido das coisas
explicadas por trás das portas.
Algumas Ruas também
hesitei atravessar.
Eram incansáveis e longas,
como as noites brincadas
lá fora, onde tudo mais cabia.
Em verdade,
nada procurava
além de um pequeno gole
guardado ou esquecido
por trás daquela porta verde:
sem trancas, maçanetas e levemente arranhada
com a dor de abri-la.
Os olhos esverdeados
acompanhavam a inquietação do vento
se infiltrando pela porta exilada
com quem fala: ó de casa!
(As Ruas atravessam o tempo não vencido.)
Aquela porta que hesitei abrir
largou mão de sua fronteira
e deu lugar a janelas
que me assombram pacientes,
até que o frio as feche novamente.
Faz frio por detrás das portas retorcidas;
o outro nos decifra,
enquanto se esconde.
hesitei abrir aquela porta.
O sentido de toda cidade
estava atado, como um nó,
lá dentro. Talvez fosse
o que jamais procurasse:
o sentido das coisas
explicadas por trás das portas.
Algumas Ruas também
hesitei atravessar.
Eram incansáveis e longas,
como as noites brincadas
lá fora, onde tudo mais cabia.
Em verdade,
nada procurava
além de um pequeno gole
guardado ou esquecido
por trás daquela porta verde:
sem trancas, maçanetas e levemente arranhada
com a dor de abri-la.
Os olhos esverdeados
acompanhavam a inquietação do vento
se infiltrando pela porta exilada
com quem fala: ó de casa!
(As Ruas atravessam o tempo não vencido.)
Aquela porta que hesitei abrir
largou mão de sua fronteira
e deu lugar a janelas
que me assombram pacientes,
até que o frio as feche novamente.
Faz frio por detrás das portas retorcidas;
o outro nos decifra,
enquanto se esconde.
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