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E foi assim. Ela foi chegando de mansinho, como quem não quer nada, mas querendo. De repente... Zás! Deu o bote. Seus olhos agateados fixaram e prenderam a presa como uma hipnose. E ela foi se ‘aprochegando’... Mansa, felina, misteriosa. Assim, que nem só as felinas sabem ser e agir. Na calada da noite, no ‘quilaro’ da lua, ela se tomou de elasticidade e ‘abufelou’ o coitado. Mas, botou abaixo mesmo! Sem dó nem piedade. E o coitado, danou-se pra amolecer, fraquejar, e ficar assuntando.E assuntando, chegou à conclusão de que fora abarcado pela danada... Ah! Danada! E a danada, com jeito, deixou o cabra ‘abestaiadozinho’ pela moça bonita, puxada à onça Suçuarana. Dizer que foi paixão... É brincadeira. Daí ele passou a chamar a danada de ‘Meuzamô’. E foi assim que tudo se deu, até hoje.
Kydelmir Dantas, poeta e pesquisador paraibano de Nova Floresta, radicado em Mossoró. Conto publicado originalmente na revistacruviana.blogspot.com.
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