E viu o solo rachado,
A caatinga cor de cinza,
Duvido não ter parado
Pra ficar olhando o verde
Do juazeiro copado.
E sair dali pensando:
Como pode a natureza
Num clima tão quente e seco,
Numa terra indefesa
Com tanta adversidade
Criar tamanha beleza.
O juazeiro, seu moço,
É pra nós a resistência,
A força, a garra e a saga,
O grito da independência
Do sertanejo que luta
Na frente da Emergência.
Nos seus galhos se agasalham
Do periquito ao cancão.
É hotel de retirante
Que anda de pé no chão,
O general da caatinga
E o vigia do sertão.
Vinha eu de Canindé
Com sono e muito cansado
Quando vi...
Para saber o que o Poeta Antônio Francisco viu, leiam a continuidade dessa grande Saga no livro Os Animais Têm Razão (transcrição autorizada pelo autor).
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