terça-feira, 18 de dezembro de 2018

História quase mágica

O Idiota da Aldeia gostava de coisas brilhantes.
Mas nos respondia: éramos apenas gentes...
Mas uma noite o surpreendi falando longamente
a um trinco de porta redondo, luzente de luar.
Só vos digo,
ao que me parece,
que o brilho do metal ora abrandava, ora fulgia mais
como se por instantes ouvisse e depois respondesse.
Só vos digo que, nestes ocultos assuntos, nada se pode dizer…
Mário Quintana

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