segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

O solitário e a multidão

O solitário não renega a multidão,
longe dela, com cinzel de escultor,
na distância, a esculpe.
Numa admiração de ausente,
a pedir que o desculpe.
E tenta, na vaga do não presente,
ser desnecessário, no meio da saudade de também ser combatente.
François Silvestre

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