A exposição "Grafite, quadros de mestres" reúne cerca de 60
quadros de artistas de grafite de Brasil, França e Estados Unidos
Grafite de Nunca
Apesar
de alguns compararem a arte do grafite ao vandalismo do espaço urbano, as
pinturas murais com aerossóis e as "tags" (assinaturas) são
consideradas cada vez mais uma forma artística de vanguarda, sugere uma
exposição em Paris que põe o Brasil em lugar de honra.
A
exposição "Grafite, quadros de mestres" foi aberta ao público nesta
sexta-feira no Palácio de Tóquio, em Paris, e reúne cerca de 60 quadros de
artistas de grafite de Brasil, França e Estados Unidos, que serão leiloados na
noite de segunda-feira em prol da associação SOS Racismo.
Os
artistas brasileiros, país que ganhou fama internacional pela riqueza e diversidade
de seu grafite, são os convidados de honra nesta exposição, que reúne alguns
dos pioneiros desta arte. O grafite nasceu nos vagões dos metrôs de Nova York
e, paulatinamente, ganhou espaços nos museus das grandes capitais.
O
curador da mostra, Alain Dominique Galliza, um apaixonado por esta arte, disse
à AFP que a estrela desta exposição é a obra do brasileiro Nunca, que
"embelezou" duas partes do muro de Berlim. Para Galliza, o grafite é
uma arte que tem códigos e uma linguagem específica, diferenciando os
elaborados murais dos "tags" (as assinaturas) e das caligrafias.
A
obra do brasileiro Nunca, que está estimada entre 250.000 e 350.000 euros, será
leiloada na segunda-feira pela associação Pierre Verger, em prol do trabalho
que desenvolve o SOS Racismo para ajudar às crianças de camadas desfavorecidas.
Do
Brasil viajaram também Tinho, Pixação e Herbert Baglione, que deixaram sua
marca nos muros de São Paulo.
Esses
artistas, que estão entre os mais destacados autores desta arte urbana
brasileira, vão pintar no sábado pela manhã um mural no bairro XIII de Paris,
que há alguns anos tem uma rica cena de grafite.
O
ex-jogador de futebol brasileiro Raí, que tem uma fundação no Brasil para
ajudar crianças e jovens mais pobres a ter acesso à educação, chegou a Paris
nesta sexta-feira, para assistir à performance dos artistas brasileiros,
informaram os organizadores.
Entre
os pioneiros nova-iorquinos presentes na mostra estão Crash, Sonic, Snake, Lady
Pink, Bando, Seen, Taki 183, Duro, Blade, Revolt e Quik.
Participam também
da exposição algumas lendas francesas, como ASH, Chaze, Spirit, Kongo, Swen,
Lazoo, Shuck One, Skki e Shuck, que é gratuita e espera atrair dezenas de
milhares de visitantes entre sexta-feira e domingo.
Fonte: http://jconline.ne10.uol.com.br, de
15/02/2013
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