Nesta sexta-feira (1º de junho), o disco considerado por muitos o mais
importante da história do rock completa 45 anos. Era 1º de junho de 1967 quando
os Beatles colocaram nas lojas "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club
Band".
O álbum representava o ápice das experiências
sonoras da banda, e foi um sucesso estrondoso de público: 27 semanas no topo da
parada britânica e 15 semanas em primeiro lugar nos Estados Unidos.
té então, o rock nunca tinha visto algo tão ambicioso. Foram mais de
quatro meses de gravações, algo até então inédito na música pop. Também pela
primeira vez, um disco trazia as letras impressas no encarte.
E o som era inclassificável: rock com sons indianos
e música tradicional britânica; guitarras com cordas, sopros e técnicas
inovadoras de gravação.
A importância cultural de "Sgt. Pepper's" pode ser medida até
pelo número de vezes que sua capa foi parodiada. O primeiro a fazer sua versão
foi Frank Zappa, em 1968, com o álbum "We're Only In It for the
Money".
O responsável pela capa de "Sgt. Pepper's" foi o designer Peter Blake. Trata-se de
uma foto dos quatro Beatles, vestidos de uniformes militares coloridos, ao lado
de figuras históricas de papelão.
As figuras incluem estrelas de cinema (Marilyn
Monroe, Marlon Brando, Marlene Dietrich, James Dean), intelectuais (Sigmund
Freud, Karl Marx), escritores (Edgar Allan Poe, Oscar Wilde, William Burroughs)
e músicos (Bob Dylan).
O baixista original dos Beatles, Stu Sutcliffe, morto em 1962, também
está presente. Segundo a lenda, figuras como Jesus Cristo, Adolf Hitler e Elvis
Presley também estavam previstas, mas foram descartadas.
Para o cantor Frank Jorge, da banda Graforréia Xilarmônica, "Sgt.
Pepper's" é importante porque "soube sintetizar uma época".
"Está tudo lá: o movimento paz e amor, o conflito de gerações, a filosofia
oriental, as drogas, o protesto contra a guerra", diz. "Era tudo uma
grande loucura e os Beatles estavam acompanhando."
Outro fator importante, na opinião de Frank Jorge, é "o diálogo
entre 'alta' e 'baixa' cultura". "É rock, mas tem cordas e sopros.
Beach Boys e The Who já vinham fazendo isso, mas os Beatles levaram essas
experiências a um novo público", explica.
O disco acabou influenciando praticamente tudo o
que foi feito de 1967 em diante. "Hendrix, Stones, Clapton. Psicodelia,
progressivo, tropicalismo. Impactou todo mundo", diz Jorge. "Foi
importante também para quem fez um rock mais básico, como os Stooges. Eles
faziam algo bem curto e grosso para se opor ao 'Sgt. Pepper's'."
Já para Helio Flanders, vocalista do Vanguart, o disco foi a certeza de
que os Beatles seriam uma banda que "iria sobreviver por séculos".
"É um divisor de águas na cultura pop", diz. "Lembro da primeira
vez que ouvi a música 'Sgt. Pepper's. Aquelas vozes, os sons diferentes. Não
era igual a nada."
Uma curiosidade: o disco de estreia de David Bowie também foi lançado no
dia 1º de junho de 1967. Diante da concorrência dos Beatles, o álbum passou
despercebido por público e crítica. Bowie só se tornaria conhecido com seu
trabalho seguinte, "Space Oddity", lançado em 1969.
Augusto Gomes, in ultimosegundo.ig.com.br
Peter Blake ao lado de sua obra mais famosa - Foto: Getty Images
Caro amigo Elilson. Acompanho o relator, no caso você, em relação ao que foi postado sobre o Sgt. Pepper's. Esse disco teve, além dos aspectos citados, pela primeira vez na história musical, a mixagem entre as faixas sem intervalo, algo inimaginável à época. Coisas dos BEATLES. Um beatle abraço e até a próxima. Togo Ferrário. PS: obrigado pela lembrança.
ResponderExcluirOlá, Togo Ferrário. Celebrar os Beatles é sempre bom.
ResponderExcluirUm grande abraço.
Elilson J. Batista