Mentem
no passado. E no presente
passam
a mentira a limpo. E no futuro
mentem
novamente.
Mentem
fazendo o sol girar
em
torno à terra medieval/mente.
Por
isto, desta vez, não é Galileu
quem
mente,
mas
o tribunal que o julga
herege/mente.
Mentem
como se Colombo partindo
do
Ocidente para o Oriente
pudesse
descobrir de mentira
um
continente.
Mentem
desde Cabral, em calmaria,
viajando
pelo avesso,
iludindo a corrente em
curso,
transformando a história do país
num
acidente de percurso.
Affonso Romano de Sant’Anna, in A implosão da mentira e outros poemas
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