Li
apenas duas vezes a obra de Cesário Verde. Dele me ficaram dois
versos, duas suaves assombrações que, de longe em longe,
atravessam, por um momento, minha memória distraída:
“os
querubins do lar flutuam nas varandas...”
“enleva-me
a quimera azul de transmigrar...”
Dois
versos, direis que é pouco para uma obra inteira, de toda uma vida!
Há poetas que se contentam com um busto em praça pública.
Mário Quintana, in Caderno H
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