quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Entre a Rumba e o Sambão

Baiano entra no campo:
O Fidel tava com aquele povo todo na praça. O discurso não era longo, graças a Deus. A massa escutava, embevecida. Quando foi interrompido por aplausos, pela quadragésima vez, cinco horas de falação, o grande líder bronqueou: “Os americanos pensam que nós só gostamos de rumba! Nós gostamos de rumba? Nós somos rumbeiros?". Um cara meio de porre, logo na primeira fila, pegou o bongô e mandou no ritmo: “Nós gostamos de rumba?”. O povão entrou no clima:
Nós gostamos de rumba?
No!
Nós somos rumbeiros?
No!
Nós gostamos de rumba?
No!
Nós somos rumbeiros?
No!”
Fidel e a galera dançaram 24 horas.
Depois das risadas, perguntei:
Como seria a adptação dessa piada para a relidade brasileira?
Baiano não vacilou um segundo.
Mole, Blanc. O Collor, no meio do discurso pro Bush, teria uma ideia genial, e lascaria em inglês:
The brazilian problem, my dear Bush, I’ve got it under my skin...
E o Marcilio:
Dô!...
E o Collor:
Skin!...
E o Marcilio
Dô!...
E a putada toda:
Skindô, skindô!
Do balcão, o Célio perguntou:
E aí? E aí?
Aí, Rosane entrava, rebolando à frente das fantasmas que não estão no mapa.

Aldir Blanc, in Brasil passado a sujo

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