Em
teoria, creio dever testemunhar o mais vivo interesse por alguns
seres por terem melhorado o homem e a vida humana. Mas interrogo-me
sobre a natureza exata de tais seres e vacilo. Quando analiso mais
atentamente os mestres da política e da religião, começo a duvidar
intensamente do sentido profundo de sua atividade. Será o bem? Será
o mal? Em compensação, não sinto a menor hesitação diante de
alguns espíritos que só procuram atos nobres e sublimes. Por isto
apaixonam os homens e os exaltam, sem mesmo o perceberem. Descubro
esta lei prática nos grandes artistas e depois nos grandes sábios.
Os resultados da pesquisa não exaltam nem apaixonam. Mas o esforço
tenaz para compreender e o trabalho intelectual para receber e para
traduzir transformam o homem.
Quem
ousaria avaliar o Talmude em termos de quociente intelectual?
Albert Einstein, in Como Vejo o Mundo
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