A falácia genética é cometida quando
um argumento é desvalorizado ou defendido somente por causa de suas
origens. Em vez de examinar a validade da proposta, ataca-se a sua
origem histórica, ou a origem da pessoa que a defende. Como aponta
T. Edward Damer, fica difícil avaliar o mérito do argumento quando
se está apegado emocionalmente às origens de uma ideia.
Considere o seguinte argumento: “Claro
que ele apoia os sindicalistas em greve; afinal, ele nasceu na mesma
comunidade que eles.” Aqui, não se avalia o mérito de apoiar a
greve; em vez disso, tenta-se levar os outros a concluir que a
opinião do oponente não teria valor somente porque ele veio da
mesma região que os trabalhadores parados. Veja este outro exemplo:
“Estamos no século XXI, não podemos continuar mantendo essas
crenças da Idade do Bronze.” Por que não?, poderíamos perguntar.
Devemos descartar todas as ideias originadas na Idade do Bronze
simplesmente porque são muito antigas?
Por outro lado, há quem invoque a
falácia genética num sentido positivo, para defender uma opinião,
dizendo algo como: “As visões de Jack sobre arte não podem ser
contestadas. Ele vem de uma longa linhagem de artistas ilustres.”
Assim como nos exemplos anteriores, também falta evidência a esse
argumento.
Ali Almossawi, in O livro ilustrado dos maus argumentos
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