Prisioneiros
são libertados do campo de concentração de Wöbbelin, em abril de
1945 (Foto original: Arquivo Nacional dos EUA)
A
ciência diz que cores são capazes de despertar emoções - talvez
isso esteja por trás do impacto do trabalho da mineira Marina
Amaral, que se especializou em colorir digitalmente fotos em preto e
branco.
Na
tela do computador em sua casa em Belo Horizonte, a artista de 21
anos dá nova vida ao passado devolvendo cores - em tons
impressionantemente realistas - a registros históricos por meio do
programa Photoshop.
Conforme
os tons de cinza dão lugar a azuis, vermelhos, verdes ou marrons, o
sofrimento de um prisioneiro de campo de concentração alemão
parece tornar-se mais intenso. E a destruição causada na cidade
japonesa de Hiroshima pela bomba atômica fica ainda mais impactante.
“Acho
que as fotos em preto e branco acabam distanciando as pessoas. O
evento registrado parece quase irreal. Cores quebram essa barreira e
nos aproximam dessa realidade”, diz Marina, que começou a colorir
fotos casualmente e, desde o início do ano, fez disso sua profissão.
Marthin
Luther King Jr. marcha por direitos civis para negros em Washington,
nos EUA
Desempregados
se reúnem nas ruas de San Francisco, nos EUA
Região
conhecida como Banana Docks, no píer de Nova York, no início do
século 20
Marina
aprendeu a mexer no Photoshop por conta própria quando era criança
e uniu essa habilidade ao seu fascínio por história depois de
conhecer pela internet técnicas para recuperar cores em fotos
antigas.
Desde
abril do ano passado, ela passou a se dedicar quase exclusivamente a
esse tipo de trabalho e avalia que a prática lhe permitiu sofisticar
seu estilo e até mesmo desenvolver métodos próprios.
Muitas
das fotos nas quais trabalha são de domínio público, obtidas em
bancos de imagens de fundações e instituições governamentais,
como a Biblioteca do Congresso e o Arquivo Nacional dos Estados
Unidos e a Biblioteca Britânica.
Veja
a matéria completa da BBC Brasil aqui.
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