Poema
que é bom
acaba
zero a zero.
Acaba
com.
Não
como eu quero.
Começa
sem.
Com,
digamos, certo verso,
veneno
de letra,
bolero.
Ou menos.
Tira
daqui, bota dali,
um
lugar, não caminho.
Prossegue
de si.
Seguro
morreu de velho,
e
sozinho.
O
amor, esse sufoco,
agora
há pouco era muito,
agora,
apenas um sopro
ah,
troço de louco,
corações
trocando rosas,
e
socos.
Paulo
Leminski
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