terça-feira, 18 de novembro de 2025

Invicto

Da noite escura que me cobre,
como uma cova de lado a lado,
agradeço a todos os deuses
a minha alma invencível.

Nas garras ardis das circunstâncias,
não titubiei e sequer chorei.
Sob os golpes do infortúnio
minha cabeça sangra, ainda erguida.

Além deste vale de ira e lágrimas,
assoma-se o horror das sombras,
e apesar dos anos ameaçadores,
encontram-me sempre destemido.

Não importa quão estreita a passagem,
quantas punições ainda sofrerei,
sou o senhor do meu destino,
e o condutor da minha alma.

Willian Ernest Henley, em Antologia Poética

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