Paloma,
Violetera, Feuilles Mortes,
Saudades
do Matão e de mais quem?
A
música barata me visita
e
me conduz
para
um pobre nirvana à minha imagem.
Valsas
e canções engavetadas
num
armário que vibra de guardá-las,
no
velho armário, cedro, pinho ou…?
(O
marceneiro ao fazê-lo bem sabia
quanto
essa madeira sofreria.)
Não
quero Handel para meu amigo
nem
ouço a matinada dos arcanjos.
Basta-me
o
que veio da rua, sem mensagem,
e,
como nos perdemos,
se
perdeu.
Carlos Drummond de Andrade, in Lição de coisas
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