A
estória não quer ser história. A estória, em rigor, deve ser
contra a História. A estória, às vezes, quer-se um pouco parecida
à anedota.
A
anedota, pela etimologia e para a finalidade, requer fechado
ineditismo. Uma anedota é como um fósforo: riscado, deflagrada,
foi-se a serventia. Mas sirva talvez ainda a outro emprego a já
usada, qual mão de indução ou por exemplo instrumento de análise,
nos tratos da poesia e da transcendência. Nem será sem razão que a
palavra “graça” guarde os sentidos de gracejo, de dom
sobrenatural, e de atrativo. No terreno do humour, imenso em
confins vários, pressentem-se mui hábeis pontos e caminhos. E que,
na prática de arte, comicidade e humorismo atuem como catalisadores
ou sensibilizantes ao alegórico espiritual e ao não-prosáico, é
verdade que se confere de modo grande. Risada e meia? Acerte-se nisso
em Chaplin e em Cervantes. Não é o chiste rasa coisa ordinária;
tanto seja porque escancha os planos da lógica, propondo-nos
realidade superior e dimensões para mágicos novos sistemas de
pensamento.
Não
que dê toda anedota evidência de fácil prestar-se àquela ordem de
desempenhos; donde, e como naturalmente elas se arranjam em
categorias ou tipos certos, quem sabe conviria primeiro que a
respeito se tentasse qualquer razoável classificação. E há que,
numa separação mal debuxada, caberia desde logo série assaz
sugestiva — demais que já de si o drolático responde ao mental e
ao abstrato — a qual, a grosso, de cômodo e até que lhe venha
nome apropriado, perdôe talvez chamar-se de: anedotas de abstração.
Serão
essas — as com alguma coisa excepta — as de pronta valia no que
aqui se quer tirar: seja, o leite que a vaca não prometeu. Talvez
porque mais direto colindem com o não-senso, a ele afins; e o
não-senso, crê-se, reflete por um triz a coerência do mistério
geral, que nos envolve e cria. A vida também é para ser lida. Não
literalmente, mas em seu supra-senso. E a gente, por enquanto, só a
lê por tortas linhas. Está-se a achar que se ri. Veja-se Platão,
que nos dá o “Mito da Caverna”.
Siga-se,
para ver, o conhecidíssimo figurante, que anda pela rua, empurrando
sua carrocinha de pão, quando alguém lhe grita: — “Manuel,
corre a Niterói, tua mulher está feito louca, tua casa está
pegando fogo!...” Larga o herói a carrocinha, corre, vôa,
vai, toma a barca, atravessa a Baía quase... e exclama: — “Que
diabo! eu não me chamo Manuel, não moro em Niterói, não sou
casado e não tenho casa...”
Agora,
ponha-se em frio exame a estorieta, sangrada de todo burlesco, e
tem-se uma fórmula à Kafka, o esqueleto algébrico ou tema nuclear
de um romance kafkaesco por ora não ainda escrito.
De
análogo pathos, balizando posição-limite da irrealidade
existencial ou de estática angústia — e denunciando ao mesmo
tempo a goma-arábica da língua quotidiana ou
círculo-de-gis-de-prender-peru — será aquela do cidadão que
viajava de bonde, passageiro único, em dia de chuva, e, como
estivesse justo sentado debaixo de goteira, perguntou-lhe o condutor
por que não trocava de lugar. Ao que, inerme, humano, inerte, ele
respondeu: — “Trocar... com quem?”
Menos
ou mais o mesmo, em ethos negativo, verseja-se na copla:
“Esta
sí que es calle, calle;
calle
de valor y miedo.
Quiero
entrar y no me dejan,
quiero
salir y no puedo.”
Movente
importante símbolo, porém, exprimindo possivelmente — e de modo
novo original — a busca de Deus (ou de algum Éden pré-prisco, ou
da restituição de qualquer de nós à invulnerabilidade e plenitude
primordiais) é o caso do garotinho, que, perdido na multidão, na
praça, em festa de quermesse, se aproxima de um polícia e,
choramingando, indaga: — “Seo guarda, o sr. não viu um homem
e uma mulher sem um meninozinho assim como eu?!”
Entretanto
— e isso concerne com a concepção hegeliana do erro absoluto? —
aguda solução foi a de que se valeu o inglês, desesperado já com
as sucessivas falsas ligações, que o telefone lhe perpetrava: —
“Telefonista, dê-me, por favor, um ‘número errado’ errado...”
Sintetiza
em si, porém, próprio geral, o mecanismo dos mitos — sua
formulação sensificadora e concretizante, de malhas para captar o
incognoscível — a maneira de um sujeito procurar explicar o que é
o telégrafo-sem-fio:
— “Imagine
um cachorro basset, tão comprido, que a cabeça está no Rio e a
ponta do rabo em Minas. Se se belisca a ponta do rabo, em Minas, a
cabeça, no Rio, pega a latir...”
— “E
é isso o telégrafo-sem-fio?”
— “Não.
Isso é o telégrafo com fio. O sem-fio é a mesma coisa... mas sem o
corpo do cachorro.”
Já
de menos invenção — valendo por “fallacia non causae pro causa”
e a ilustrar o: “ab absurdo sequitur quodlibet”, em aras da
Escolástica — é a facécia do diálogo:
— “Em
escavações, no meu país, encontraram-se fios de cobre: prova de
que os primitivos habitantes conheciam já o telégrafo...”
— “Pois,
no meu, em escavações, não se encontrou fio nenhum. Prova de que,
lá, pré-historicamente, já se usava o telégrafo-sem-fio.”
E
destoa o tópico, para o elementar, transposto em escala de ingênua
hilaridade, chocarrice, neste:
— “Joãozinho,
dê um exemplo de substantivo concreto.”
— “Minhas
calças, Professora.”
— “E
de abstrato?”
— “As
suas, Professora.”
Por
aqui, porém, vai-se chegar perto do nada residual, por sequência de
operações subtrativas, nesta outra, que é uma definição “por
extração” — “O nada é uma faca sem lâmina, da qual se
tirou o cabo...” (Só que, o que assim se põe, é o argumento
de Bergson contra a ideia do “nada absoluto”: “… porque a
ideia do objeto ‘não existindo’ é necessariamente a ideia do
objeto ‘existindo’, acrescida da representação de uma exclusão
desse objeto pela realidade atual tomada em bloco.” Trocado em
miúdo: esse “nada” seria apenas um ex-nada, produzido por uma
ex-faca.)
Ou
— agora o motivo lúdico — fornece-nos outro menino, com sua
também desitiva definição do “nada”: — “É um balão,
sem pele...”
E
com isso está-se de volta à poesia, colhendo imagens de eliminação
parcial, como, exemplo à mão, as estrelas, que no “Soir
Religieux” de Verhaeren:
“Semblent
les feux de grands cierges, tenus en main,
Dont
on n’aperçoit pas monter la tige immense.”
Ou
total, como nesta “adivinha”, que propunha uma menina do sertão.
— “O que é, o que é: que é melhor do que Deus, pior do que
o diabo, que a gente morta come, e se a gente viva comer
morre?” Resposta: — “É nada.”
Ou
seriada, como na universal estória dos “Dez pretinhos” (“Seven
little Indians” ou “Ten little Nigger boys”; “Dix
petits négrillons”; “Zwölf kleine Neger”)1 ou na quadra
de Apporelly, citada de memória:
“As
minhas ceroulas novas,
ceroulas
das mais modernas,
não
têm cós, não têm cadarços,
não
têm botões e não têm pernas.”
E
é provocativo movimento parafrasear tais versos:
Comprei
uns óculos novos,
óculos
dos mais excelentes:
não
têm aros, não têm asas,
não
têm grau e não têm lentes...
Dissuada-se-nos
porém de aplicar — por exame de sentir, balanço ou divertimento —
a paráfrase a mais íntimos assuntos:
Meu
amor é bem sincero,
amor
dos mais convincentes:
.......................
(etc.).
Com
o que, pode o pilheriático efeito passar a drástico desilusionante.
Como
no fato do espartano — nos Apophthégmata lakoniká de
Plutarco — que depenou um rouxinol e, achando-lhe pouca carne,
xingou: — “Você é uma voz, e mais nada!”
Assim
atribui-se a Voltaire — que, outra hora, diz ser a mesma amiúde “o
romance do espírito” — a estrafalária seguinte definição de
“metafísica”: “É um cego, com olhos vendados, num quarto
escuro, procurando um gato preto... que não está lá.”
Seja
quem seja, apenas o autor da blague não imaginou é que o cego em
tão pretas condições pode não achar o gato, que pensa que busca,
mas topar resultado mais importante — para lá da tacteada
concentração. E vê-se que nessa risca é que devem adiantar
os koan do Zen.
E
houve mesmo a áquica e eficaz receita que o médico deu a cliente
neurótico: “R. / Uso int.º / Aqua fontis, 30 c.c. / Illa
repetita, 20 c.c. / Eadem stillata, 100 c.c. / Nihil aliunde, q. s.”
(E eliminou-se de propósito, nesta versão, o “Hidrogeni
protoxidis”, que figura noutras variantes.)
Tudo
portanto, o que em compensação vale2 é que as coisas não são em
si tão simples, se bem que ilusórias. “O erro não existe:
pois que enganar-se seria pensar ou dizer o que não é, isto é: não
pensar nada, não dizer nada” — proclama genial Protágoras;
nisto, Platão é do contra, querendo que o erro seja coisa positiva;
aqui, porém, sejamos amigos de Platão, mas ainda mais amigos da
verdade; pela qual, aliás, diga-se, luta-se ainda e muito, no
pensamento grego.
Pois,
o próprio Apporelly, em vésperas da nacional e política desordem,
costumava hastear o refrão:
“Há
qualquer coisa no ar
além
dos aviões da Panair...”
Ainda,
por azo da triunfal chegada ao Rio do aviador Sarmento de Beires em
raid transatlântico, estampou ele no “A Manha”... uma
foto normal da Guanabara, Pão de Açúcar, sob legenda: “O
Argos, à entrada da barra, quando ainda não se o via...” Mas
um capítulo sobre o entusiasmo, a fé, a expectação criadora,
podia epigrafar-se com a braba piada.
Deixemos
vir os pequenos em geral notáveis intérpretes, convocando-os do
livro “Criança diz cada uma!”, de Pedro Bloch:
O
túnel. O menino cisma e pergunta: — “ Por que será que
sempre constroem um morro em cima dos túneis?”
O
terreno. Diante de uma casa em demolição, o menino observa: —
“Olha, pai! Estão fazendo um terreno!”
O
viaduto. A guriazinha de quatro anos olhou, do alto do Viaduto do
Chá, o Vale, e exclamou empolgada: — “Mamãe! Olha! Que
buraco lindo!”
A
risada. A menina — estavam de visita a um protético —
repentinamente entrou na sala, com uma dentadura articulada, que
descobrira em alguma prateleira: — “Titia! Titia! Encontrei
uma risada!”
O
verdadeiro gato. O menino explicava ao pai a morte do bichinho: —
“O gato saiu do gato, pai, e só ficou o corpo do gato.”
Recresce
que o processo às vezes se aplica, prática e rapidamente, a bem da
simplificação. Entra uma dama em loja de fazendas e pede:
— “Tem
o Sr. pano para remendos?”
— “E
de que cor são os buracos, minha senhora?”
Ao
passo que a nada, ao “nada privativo”, teve aquele outro,
anti-poeta, de reduzir a girafa, que passava da marca: — “Você
está vendo esse bicho aí? Pois ele não existe!...” — como
recurso para sutilizar o excesso de existência dela, sobre o comum,
desimaginável. Dissesse tal: —
Isto é o-que-é que mais e demais há, do que nem não há…
Ora,
porém, a idêntica niilificação enfática recorre Rilke, trazendo,
de forte maneira, do imaginário ao real, um ser fabuloso, que
preexcede — o Licorne:
“Oh,
este é o animal que não existe...”
Todavia
desdeixante rasgo dialético foi o do que, ao reencontrar velho
amigo, que pedia-lhe o segredo da aparente e invariada mocidade,
respondeu: — “Mulheres...” — e, após suspensão e
pausa: — “Evito-as...!”
Tudo
tal a “hipótese de trabalho” na estória dos soldados famintos
que ensinaram à velha avarenta fazer a “Sopa de Pedra”.
Mistura também a gente interina clara de ovo ao açúcar a limpar-se
no tacho; e junta folhas de mamoeiro e bosta de vaca à roupa alva
sendo lavada.
Remite-se
a mulher. Omita-se igual o homem. Ora. Que o homem é a sombra de um
sonho, referia Píndaro, skías ónar ánthropos; e — vinda
de outras eras... — Augusto dos Anjos.3
Dando,
porém, passo atrás: nesta representação de “cano”: — “É
um buraco, com um pouquinho de chumbo em volta...” —
espritada de verve em impressionismo, marque-se rasa forra do lógico
sobre o cediço convencional.
Mas,
na mesma botada, puja a definição de “rede”: — “Uma
porção de buracos, amarrados com barbante...” — cujo
paradoxo traz-nos o ponto-de-vista do peixe.
Já
esperto arabesco espirala-se na “explicação”: — “O
açúcar é um pozinho branco, que dá muito mau gosto ao café,
quando não se lho põe...” — apta à engendra poética ou
para artifício-de-cálculo em especulação filosófica; e dando,
nem mais nem menos, o ar de exegese de versos de Paul Valéry... os
quais, mal à la manière de, com perdão, poderiam, quem
sabe, ser:
Blanche
semence, poussière,
l’ombre
du noir est amère
trempée
de ton absence...
E
realista verista estoutra “definição”, abordando o grosseiro
formal, externo à coisa, e dele, por necessidade pragmática,
saltando a seu apologal efeito fulminante: — “Eletricidade é
um fio, desencapado na ponta: quem botar a mão ... h’m ...
finou-se!”
Mas
reza pela erística o capiau que, tentando dar a outro ideia de uma
electrola, em fim de esforço se desatolou com esta intocável
equação: — “Você sabe o que é uma máquina de costura? Pois a
victrola é muito diferente...”4
Acima
agora do vão risilóquio, toam otimismo e amor fati na conversa
fiada:
— “Vou-me
encontrar, às 6, com uma pequena, na esquina de Berribeiro e
Santaclara...”
— “Quem?”
— “Sei
lá quem vai estar nessa esquina a essa hora?!”
Enquanto,
com desconto, minimiza nota opressiva o exemplo de não-senso dado
por Vinicius de Moraes, que o traduziu do inglês:
“Sobre
uma escada um dia eu vi
Um
homem que não estava ali;
Hoje
não estava à mesma hora.
Tomara
que ele vá embora.”
Nem
é nada excepcionalmente maluco o gaio descobrimento do paciente que,
com ternura, Manuel Bandeira nos diz em seu livro “Andorinha,
Andorinha”:
“Quando
o visitante do Hospício de Alienados atravessava uma sala, viu um
louquinho de ouvido colado à parede, muito atento. Uma hora depois,
passando na mesma sala, lá estava o homem na mesma posição.
Acercou-se dele e perguntou: ‘Que
é que você está ouvindo?’ O louquinho virou-se e
disse: ‘Encoste a cabeça e
escute.’ O outro colou o ouvido à parede, não ouviu
nada: ‘Não estou ouvindo
nada.’ Então o louquinho explicou intrigado: ‘Está
assim há cinco horas.’”
Afinal
de contas, a parede são vertiginosos átomos, soem ser. Houve já
até, não sei onde ou nos Estados-Unidos, uma certa parede que
irradiava, ou emitia por si ondas de sons, perturbando os
rádios-ouvintes etc. O universo é cheio de silêncios bulhentos. O
maluquinho podia tanto ser um cientista amador quanto um profeta
aguardando se completasse séria revelação. Apenas, nós é que
estamos acostumados com que as paredes é que tenham ouvidos, e não
os maluquinhos.
Por
onde, pelo comum, poder-se corrigir o ridículo ou o grotesco, até
levá-los ao sublime; seja daí que seu entre-limite é tão tênue.
E não será esse um caminho por onde o perfeitíssimo se alcança?
Sempre que algo de importante e grande se faz, houve um silogismo
inconcluso, ou, digamos, um pulo do cômico ao excelso.
Conflui,
portanto, que:
Os
dedos são anéis ausentes?
Há
palavras assim: desintegração...
O
ar é o que não se vê, fora e dentro das pessoas.
O
mundo é Deus estando em toda a parte.
O
mundo, para um ateu, é Deus não estando nunca em nenhuma parte.
Copo
não basta: é preciso um cálice ou dedal com água, para as grandes
tempestades.
O
O é um buraco não esburacado.
O
que é — automaticamente?
O
avestruz é uma girafa; só o que tem é que é um passarinho.
Haja
a barriga sem o rei. (Isto é: o homem sem algum rei na barriga.)
Entre
Abel e Caim, pulou-se um irmão começado por B.
Se
o tôlo admite, seja nem que um instante, que é nele mesmo que está
o que não o deixa entender, já começou a melhorar em argúcia.
A
peninha no rabo do gato não é apenas “para atrapalhar”.
Há
uma rubra ou azul impossibilidade no roxo (e no não roxo).
O
copo com água pela metade: está meio cheio, ou meio vazio?
Saudade
é o predomínio do que não está presente, diga-se, ausente.
Diz-se
de um infinito — rendez-vous das paralelas todas.
O
silêncio proposital dá a maior possibilidade de música.
Se
viemos do nada, é claro que vamos para o tudo.
Veja-se,
vezes, prefácio como todos gratuito.
Ergo:
O
livro pode valer pelo muito que nele não deveu caber.
Quod
erat demonstrandum.
1.
Tentativamente adaptando:
Eram
dez negrinhos
dos
que brincam quando chove.
Um
se derreteu na chuva,
ficaram
só nove.
Eram
nove negrinhos,
comeram
muito biscoito.
Um
tomou indigestão,
ficaram
só oito.
(E,
assim, para trás.)
2.
Ainda uma adivinha “abstrata”, de Minas: “O trem chega às 6 da
manhã, e anda sem parar, para sair às 6 da tarde. Por que é que
não tem foguista?” (Porque é o sol.) Anedótica meramente.
Outra,
porém, fornece vários dados sobre o trem: velocidade horária,
pontos de partida e de chegada, distância a ser percorrida; e
termina: — “Qual é o nome do maquinista?” Sem resposta,
só ardilosa, lembra célebre koan: “Atravessa uma moça a rua;
ela é a irmã mais velha, ou a caçula?” Apondo a mente a
problemas sem saída, desses, o que o zenista pretende é atingir o
satori, iluminação, estado aberto às intuições e reais
percepções.
3.
Pelo menos, no Tártaro, umbrário de sub-abstratos, de chalaça:
“J’ai
vu l’ombre d’un cocher
Qui,
avec l’ombre d’une brosse,
Frottait
l’ombre d’une carrosse”
(Versos
dos irmãos Perrault, paródia ao VIº livro da Eneida, que
Dostoiévski dá em francês, no meio do original russo de “Os
Irmãos Karamázov”.)
4.
Corolário, em não-senso: O que respondeu o anspeçada, em exame
para sua promoção a cabo-de-esquadra: — “Parábola? É
precisamente a trajetória do vácuo no espaço.”
Guimarães Rosa, in Tutameia
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