Ao
exumarem o corpo de Josef Stálin, descobriram em sua farda, no bolso
esquerdo, uma estrela na qual se podiam ler as impressões digitais
de Iran Kruschewsky, seu assessor, cuja filha primogênita, Anna
Nicolaievna, foi amante de Miriam Pletskaya, embaixatriz da extinta
Tchecoslováquia cujo filho, Benjamin Berndorff, tem as mesmas
iniciais de Bruno Bianchi, ortopedista brasileiro nascido em 1967,
mesmo ano em que nasceu o deputado Marcelo Freixo. Procurado, o
deputado negou qualquer envolvimento com o regime stalinista. “Não
acho que o ano em que eu nasci seja um dado relevante para tecer esse
tipo de conexão estapafúrdia”, afirmou o deputado, saindo pela
tangente. A palavra “estapafúrdia”, no entanto, já havia sido
usada por José Sapir, meu cunhado, para designar a roupa que uma
senhora usava em Copacabana, bairro do Rio de Janeiro, cidade onde
nasceu Oscar Niemeyer, stalinista confesso. … Quer dizer…
Acabou
a baderna. Encontraram o grande financiador do movimento. Já foi
provado que membros do PSOL doaram cento e cinquenta reais a uma ceia
de Natal para mendigos e o dinheiro foi usado para comprar várias
rabanadas. Como se sabe, poucas coisas são mais letais que uma
rabanada na cara, especialmente se ela estiver dormida. Muita gente
já deve ter morrido a golpes de rabanada do PSOL. Isso porque o
pessoal não declarou o Panetone. O Panetone é uma arma branca!
Ainda mais se for daqueles bem duros, da Visconti. Quando pega na
testa, mata na hora. Mas não vai mais matar ninguém. A fonte secou!
Engraçado
pensar que alguns acreditavam que o motivo das revoltas de junho
fosse a insatisfação popular. Finalmente ficou provado que não. O
povo está muito feliz. Eduardo Paes já aumentou a passagem de novo.
Não vai dar em nada. O povo não tem problema nenhum com aumento de
passagem. O povo não tem problema nenhum com nada. Quem inventa
problema é a esquerda caviar. O povo está feliz. Sempre esteve.
A
legislação vai mudar, graças a Deus (e à Dilma). Não vamos mais
tolerar baderna. A ex-guerrilheira, quem diria, vai baixar o AI-5. O
Brasil finalmente está virando um país sério: bandido preso no
poste, Polícia Militar ameaçando canais de humor da internet, leis
antiterrorismo. O caminho se abriu. Este é o ano em que Bolsonaro
vai assumir a presidência da Comissão de Direitos Humanos. Chegou o
momento, Capitão! Em abril, nossa revolução faz cinquenta anos.
Gregório Duvivier, in Put some farofa
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