O
homem vigia.
Dentro
dele, estumados,
uivam
os cães da memória.
Aquela
noite, o luar
e
o vento no cipó-prata e ele,
o
medo a cavalo nele,
ele
a cavalo em fuga
das
folhas do cipó-prata.
A
mãe no fogão cantando,
os
zangões, a poeira, o ar anímico.
Ladra
seu sonho insone,
em
saudade, vinagre e doçura.
Adélia Prado, in Bagagem
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