Mais
que a amargosa pétala mastigada,
seu
aspro odor e seiva azeda,
a
lembrança antiga das camadas do sono:
há
muito tempo, foi depois da missa,
eu
e mais duas tias num caminho, as pernas delas
na
frente, com meia grossa e saias.
No
ar os cheiros do mato, as palavras cordiais,
o
céu pra onde íamos, azul,
conforme
as palavras de Nosso Senhor,
os
lírios do campo, olhai-os,
a
flor do mato, a infância.
Adélia Prado
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