Intratável.
Não quero mais pôr poemas no papelnem dar a conhecer minha ternura.
Faço ar de dura,
muito sóbria e dura,
não pergunto
“da sombra daquele beijo
que farei?”
É inútil
ficar à escuta
ou manobrar
a lupa da adivinhação.
Dito isto
o livro de cabeceira cai no chão.
Tua mão desliza
distraidamente?
sobre a minha mão.
Ana Cristina César
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