On simplifierait peut-être la
critique si, avant d’énoncer un jugement, on déclarai ses goûts;
car toute oeuvre d’art enferme une chose particulière tenant à la
personne de l’artiste et qui fait, indépendamment de l’exécution,
que nous sommes séduits ou irrités. Aussi notre admiration
n’est-elle complète que pour les ouvrages satisfaisant à la fois
notre tempérament et notre esprit. L’oubli de cette distinction
préalable est une grande cause d’injustice.
[Ao enunciar um juízo, talvez pudéssemos
simplificar a crítica se declarássemos nossos gostos; porque toda
obra de arte encerra uma coisa particular à pessoa do artista e que
faz, a despeito de sua execução, com que nos sintamos seduzidos ou
irritados. Também nossa admiração não se completa senão por
obras que satisfaçam ao mesmo tempo nosso temperamento e nosso
espírito. Esquecer essa distinção preliminar é causa de uma
grande injustiça.]
Prólogo de Dernières chansons, de Louis Bouilhet
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