Em
primeiro lugar, não entendo muito bem isso que se chama de prazer da
escrita. Por outro lado, também não sofro das agonias que sofrem
outros escritores. Não! Eu me comporto mais como um operário que se
senta prosaicamente para trabalhar e que o faz o melhor que pode. Não
romantizo nada a atividade de escritor! A inspiração, a luz da
mansarda, as quatro da madrugada e o ritual das pessoas que passam lá
embaixo, longe, na rua…
José
Saramago, in As palavras de Saramago
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