“Não
há ideal a que possamos sacrificar-nos, porque de todos eles
conhecemos a mentira, nós os que ignoramos em absoluto o que seja a
verdade. A sombra terrestre que se alonga por detrás dos deuses de
mármore basta para nos afastar deles. Ah, com que amplexo o homem se
estreitou a si próprio! Pátria, justiça, grandeza, piedade,
verdade, qual das suas estátuas não traz em si os sinais das mãos
humanas para que não desperte a mesma ironia triste que os velhos
rostos outrora amados? Compreender não significa necessariamente
aceitar todas as loucuras. E, no entanto, quantos sacrifícios,
quantos heroísmos injustificados dormem em nós…”
André
Malraux, in A
Tentação do Ocidente
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