Onde
paira a canção recomeçada
No
capitel de acanto de teu lar?
Onde
prossegue a dança terminada
Nas
lajes de meu tempo de chorar?
Rapaz,
em minhas mãos cheias de areia
Conto
os astros que faltam no horizonte
Da
praia soluçante onde passeia
A
espuma de teu fim, pranto sem fonte.
Oh
juventude, um pálio de inocência
Jamais
se estenderá sobre outra aurora
Mais
clara que esta clara adolescência
Que
o lupanar da noite hoje devora:
Que
vale o lenço impuro da elegia
Sobre
teu rosto, lúcida alegria?
Mário
Faustino
Nenhum comentário:
Postar um comentário