Saguão
do Hotel Presidente, na Avenida Salgado Filho, um dos tantos
endereços do poeta. O dono do hotel encontra Mario com as mãos no
bolso do paletó, parado daquele seu jeito, olhando sem olhar, à
espera de nada. E resolve interferir com uma brincadeira.
– Seu
Mario, me disseram que o senhor vive dando em cima das moças que se
hospedam no hotel...
Foi
o que bastou para animar-se o velho sorriso ao mesmo tempo malicioso
e ingênuo, quase adolescente:
– Olha,
Pedrinho, não é verdade. Mas pode espalhar.
Juarez
Fonseca, in Ora
bolas – o humor de Mario Quintana
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