segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Cidade II

 

Gritos de sirenes e suas urgências.
a cidade sinuosa
sinistra cilada
ilha entre neblina de co²
sem saída
prédios sombras à deriva
mar de miragens.

um vento soprano invade os meandros
de concreto com cantos ou chorus
em uníssono, diria uma reza
pelo dia ido
à noite as janelas acesas
dos insones que ignoram as estrelas.
Gil Jorge

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