Kafka
percebeu que eu não dormira o bastante. Disse-lhe a verdade: estava
tão dominado pelo que fazia que fiquei escrevendo até de manhã.
Kafka
pousou sobre a mesa suas grandes mãos que pareciam esculpidas em
madeira e disse: - É uma grande felicidade poder exteriorizar tão
espontaneamente o movimento interior.
-
Era como uma embriaguez. Ainda não li o que afinal escrevi.
-
Naturalmente. O escrito não passa de escórias do vivido.
Gustav
Janouch, in Conversas com Kafka
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