“Alguém
tinha o mau hábito de se exprimir, de quando em quando, com toda a
franqueza acerca dos motivos pelos quais agia, e que eram tão bons
ou tão maus como os motivos de todas as pessoas. Primeiro, causou
escândalo, depois suspeita, pouco a pouco foi terminantemente
proscrito e banido da sociedade, até que, por fim, a justiça se
recordou de um ser tão abjecto em ocasiões, em que ela não
costumava ter olhos ou os fechava. A falta de mutismo quanto ao
segredo geral e a irresponsável propensão para ver o que ninguém
quer ver - a si próprio - levaram-no à prisão e a uma morte
prematura.”
Friedrich
Nietzsche, in Humano, Demasiado Humano
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