“Estranho,
sim. As pessoas ficam desconfiadas, ambíguas diante dos apaixonados.
Aproximam-se deles, dizem coisas amáveis, mas guardam certa
distância, não invadem o casulo imantado que envolve os amantes e
que pode explodir como um terreno minado, muita cautela ao pisar
nesse terreno. Com sua disciplina indisciplinada, os amantes são
seres diferentes e o ser diferente é excluído porque vira desafio,
ameaça. Se o amor na sua doação absoluta os faz mais frágeis, ao
mesmo tempo os protege como uma armadura. Os apaixonados voltaram ao
Jardim do Paraíso, provaram da Árvore do Conhecimento e agora
sabem.”
Lygia
Fagundes Telles,
in
A
disciplina do amor
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