“Que
estranho eu é este que de algum modo dizemos predominar na filosofia
e na literatura de hoje? Porque é evidente que uma forte tendência
da arte de hoje, do homem atual, apela para a comunicabilidade, para
uma fraternidade, e não para um estéril isolamento. Mas acontece
que nesse apelo muitas vezes se esquece o que há aí de mecânico,
de superficial, de relações externas, imediatas, provisórias, que
nos não satisfaz inteiramente. O homem que aí fala é o que se
ensurdece a si próprio, às suas vozes profundas, aos avisos que se
anunciam desde o limiar da solidão.”
Vergílio
Ferreira
Nenhum comentário:
Postar um comentário