“Sim, é tempo. Se tenho de existir, é
pelo esforço da minha atenção. Lúcido e calmo, devo olhar o que
se desprende de mim como fragmentos abandonados de uma figura que se
esculpe. Agora vejo os meus contornos. Os meus vazios, é o que
reconquistei até agora. De ausências é que me formo. Revejo-me no
espelho imenso da minha desolação – mas é assim de pedra que me
quero.”
Lúcio
Cardoso, in Diários
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