“Ser o
que se pode é a felicidade. Pensou nisto a Isaura. Não adiantar
sonhar com o que é feito apenas de fantasia e querer aspirar ao impossível. A
felicidade é a aceitação do que se é e se pode ser. Sentou-se ao pé da mãe e
percebeu como ela piorara. Estavam as duas tão longe do dia em que, tão trágica
como comicamente, a Maria começara a falar semelhante aos franceses. A voz apodrecera-lhe
na boca. Estava afundada goelas abaixo sem nunca mais voltar a ser ouvida.
Morrera. A voz dela morrera.”
Valter Hugo Mãe, in O filho de mil homens
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