segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Apelo

"Cada um recebe um apelo. Um homem pode ficar estirado sobre uma cama e não precisa agir voluntariamente para que acontecimentos lhe sucedam. Nessa hora o vemos como nunca o tínhamos visto antes: sua própria figura, com pernas e braços abertos, seu torso relaxado, seu olhar de incompreensão...
Depois. Se a morte chega, pensa-se que ele já não está mais aqui, que já lhe foi feita a suprema revelação, que ele está tremendamente diferente de nós e que, se julgávamos ter qualquer ‘superioridade’ sobre ele, já não a entendemos mais...
E nosso mundo continua.”
Lúcio Cardoso, in Diários

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