De cores tão cinza, tão verde e encarnado
Que fica do lado do papel de seda
Que até a manteiga embrulhava em retalhos.
Que fica do lado do papel de seda
Que até a manteiga embrulhava em retalhos.
Papel, eu te quero nos supermercados
Nas lojas de grife, em tudo afinal
Prefiro esse embrulho que a moda rejeita
Dizendo tratar-se de um embrulho banal.
Nas lojas de grife, em tudo afinal
Prefiro esse embrulho que a moda rejeita
Dizendo tratar-se de um embrulho banal.
Papel encorpado de açougues e frios
Melhores que os plásticos que vivem a voar
São plásticos da noite que sobram nas ruas
Que entopem bueiros e afogam o lugar.
Melhores que os plásticos que vivem a voar
São plásticos da noite que sobram nas ruas
Que entopem bueiros e afogam o lugar.
Papel
de bodega, tu não avalias
Tamanha alegria trarias porque
Aceito o teu jeito faceiro e fecundo
E aqui nesse mundo faz falta você.
Tamanha alegria trarias porque
Aceito o teu jeito faceiro e fecundo
E aqui nesse mundo faz falta você.
Jessier Quirino
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