Pintei a cabeça de alguém. Aquilo que
fazia o encaixe dos olhos, do nariz e da boca não estava direito. Onde dei um
tiro, todos procuravam arte. Logo chegam, vão perguntar pelos porquês e eu me
farei poeta. Pra que nomes? Era vermelho e estava no chão. Explodo a cabeça de
mais dois, seis. No nono reconheço a forma que dou à galeria que monto. Sob a
minha curadoria, eles caíam. Não havia quem entendesse como eu continuava.
Artistas de minha geração, perdão, se onde me fiz massacre não queriam
vanguarda. A arte da vida ao esquecer da morte.
Rodrigo
Gonzatto, 27, Paranaense, escreve no Juventudo. Especialmente para o Projeto Cem Palavras - Contos
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